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Produção brasileira de peixes de cultivo cresce 2,3%. É o que revela o Anuário PeixeBR da Piscicultura, publicado nesta segunda-feira 27
Data de Publicação: 28 de fevereiro de 2023 10:51:00 A edição do já tradicional indicador foi lançada na capital paulista e os números revelam que o setor vem numa crescente desde 2014. Ministro André de Paula esteve presente e anunciou benefícios para a piscicultura #peixebr, #anuário peixebr, #produção de peixes
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A tilápia segue na liderança da produção de peixes cultivado no Brasil
(Foto: Bom Futuro)
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Por Antônio Oliveira
Em meio a grandes dificuldades conjunturais, a piscicultura brasileira cresceu 2,3% em 2022, ou seja, saiu das 841,005 toneladas produzidas em 2021 para as 860,355 toneladas. Este e outros dados constam do Anuário PeixeBR da Piscicultura, lançado nesta segunda-feira, 28, na sede da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), com a presença de piscicultores, lideranças do setor e autoridades. Entre estas, do ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula.
Os números são da produção de 2022.
Esta produção vem numa escala crescente da produção brasileira de peixes de cultivo, desde 2014, ano a partir do qual a PeixeBR passou a levantar e a divulgar a evolução da piscicultura no Brasil. De lá para cá, o crescimento foi de 48,6%
Conforme a PeixeBR, todo este crescimento é resultado de muitos investimentos de toda a cadeia produtiva e da intensa dedicação da entidade para estimular em todo o país, não só o cultivo sustentável, mas também o consumo.
A tilápia segue na liderança da produção de peixes cultivado no Brasil. No ano passado foram produzidas 550.060 toneladas – 63,93% da produção nacional de peixes de cultivo e aumento de 3% sobre as 534.005 toneladas colocadas no mercado em 2021.
Na opinião da PeixeBR, a tendência é a continuidade deste crescimento. O Brasil, conforme a entidade, é, hoje, o quarto maior produtor mundial de tilápia, posição que pode mudar em breve – diz a entidade -, acrescentando que acredita que nos próximos três ou quatro anos a piscicultura brasileira deve estar próxima do terceiro lugar no ranking mundial de produção de tilápia.
O estado do Paraná segue na liderança de produção de tilápia, com mais de 34% do volume total. Em 2022, piscicultores paranaenses cultivaram 187.800 toneladas da espécie, 3,2% a mais do que no ano anterior. Com isso – afirma a PeixeBR -, a região Sul aparece bem na frente nesse ranking, com 239.300 toneladas (43,5%).
São Paulo vem a seguir, com uma produção, em 2022, de 77.300 toneladas, crescimento de 1,5% sobre o volume produzido em 2021. Ainda no âmbito do Sudeste brasileiro, que tem Minas Gerais como o terceiro maior produtor brasileiro de tilápia e o Espírito Santo como nono produtor responde por 27,1% da produção total da espécie, com 149.100 toneladas.
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No Nordeste, a produção da espécie também cresceu, produzindo 100.320 toneladas, crescimento de 5,2% em relação a 2021 e ocupando a terceira posição por região. Pernambuco, Bahia e Alagoas estão entre os dez maiores produtores nacionais.
Região que tem Mato Grosso do Sul como o terceiro maior produtor brasileiro, Centro-Oeste apresentou queda de 3,2% na produção geral. Passou 61.650 tonelada em 2021 para 59.650 toneladas em 2022. Para a PeixeBR, este quadro deve ser revertido em 2023 com a expansão da produção das novas empresas do setor que estão.
Nativos
O Anuário PeixeBR da Piscicultura aponta leve crescimento da produção de peixes nativos. No ano passado, o volume das espécies chegou a 267.060, o que representa avanço de 1,8% sobre as 262.370 toneladas registradas em 2021.
Um dos fatores responsáveis por esse aumento – assegura a associação -, é a inserção desses peixes em mais projetos que visam ampliar as opções da piscicultura brasileira. A participação dos nativos na produção total do Brasil foi de 31,04%.
A região Norte do Brasil é a maior produtora de peixes nativos, sobretudo amazônicos. Representa 53,7% de toda a produção brasileira. Em 2022 produziu 143.500 toneladas.
- Na comparação com o ano anterior, o desempenho ficou praticamente estável, com uma redução de 0,2% - afirma a PeixeBR.
Já a região Nordeste somou 56.580 toneladas de peixes nativos e registrou crescimento de 5,4% na relação ano contra ano. Completando a concentração da produção de nativos está a região Sudeste, com 49.100 toneladas e uma redução de 0,3% entre 2022 e 2021.
Na área dos nativos, a liderança continua com o estado de Rondônia, com 57.200 toneladas.
- Na sequência, uma mudança entre a segunda e a terceira posições em relação aos dados de 2021: Maranhão (39.100 t) superou Mato Grosso (38.000 t). O quarto e o quinto nessa lista são, respectivamente, Pará (24.200 t) e Amazonas (21.300 t) – aponta a PeixeBR.
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Ministro André de Paula anuncia benefícios para para a piscicultura (Foto: Ascom MPA)
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André de Paula marca presença
O ministro da Pesca e Aquicultura (MPA) participou da solenidade de publicação do Anuário PeixeBR da Piscicultura. Aproveitou para anunciar que está fazendo gestões para que o Brasil retome a exportações de pescado para a União Europeia e para garantir a isonomia tributária do pescado com suínos e aves. “Prioridades iniciais do MPA”, garantiu André de Paula.
O ministro afirmou que vai envolver outros ministérios na tentativa de reabertura do mercado europeu, que o Brasil deixou de explorar em 2018. Conforme ele, outros países do mundo utilizam a plataforma sanitária da União Europeia e a retomada deste mercado pode abrir novas portas para os produtores brasileiros.
O ministro disse que o momento é delicado para discutir isonomia tributária para insumos de protéinas.
- Mas se formos esperar um momento tranquilo para discutir isso, a gente não discute – disse.
As rações que alimentam suínos e aves são isentas de PIS e Cofins e o ministro pretende estender essa isenção à ração para peixes. André de Paula citou como exemplo a política tributária do Paraná, que permitiu um salto na produção de pescados.
André de Paula falou ainda que está entusiasmado com o apoio que vem recebendo do presidente Luís Inácio Lula da Silva.
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- O presidente compreende a importância da atividade, volta a dar peso à institucionalidade de um ministério para essa área e tem sensibilidade para essa questão - pontuou.
O ministro disse ainda que vai fazer o que estiver a seu alcance para dar andamento à isonomia tributária, independentemente do trâmite da reforma tributária que está sendo formulada pelo governo.
*Com informações do Anuário PeixeBR da Piscicultura e do Ministério da Pesca e Aquicultura.

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