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TAMBAQUI – Embrapa Pesca e Aquicultura desenvolve pesquisa para potencializar a produção sustentável da espécie

TAMBAQUI – Embrapa Pesca e Aquicultura desenvolve pesquisa para potencializar a produção sustentável da espécie

Data de Publicação: 20 de fevereiro de 2025 10:53:00 Projeto da Embrapa Pesca e Aquicultura busca selecionar os melhores exemplares de tambaqui para promover o melhoramento genético e a sustentabilidade na aquicultura.

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A base populacional a ser estudada consiste em 35 famílias (Foto: Luciana Shiotsuki. )

Da redação

Na Embrapa Pesca e Aquicultura, em Palmas-TO, iniciou-se um projeto de pesquisa inovador que visa fundamentar futuros programas de melhoramento genético. Intitulado "Inovação genômica na aquicultura: estratégias de seleção para potencializar a produção sustentável do tambaqui (Colossoma macropomum)", o projeto tem como meta, em um período de dois anos, avaliar o desempenho da espécie para selecionar os melhores exemplares com foco em crescimento, resistência ao frio e resistência à flavobactéria.

Os dados coletados durante a pesquisa também servirão como base para estudos que visem um melhor aproveitamento da carcaça do tambaqui, além de identificar linhagens com melhor performance em viveiros escavados e em tanques-rede.

- Esses animais podem ser direcionados para outras estratégias de melhoramento genético de precisão que estamos desenvolvendo - ressalta Licia Lundstedt, chefe de P&D da Embrapa Pesca e Aquicultura.

A líder do projeto, Luciana Shiotsuki, afirma que o objetivo é promover avanços significativos em estudos de melhoramento de peixes nativos.

- Buscamos identificar os tambaquis com melhor desempenho produtivo e compreender as regiões genômicas associadas a essas características -  detalha.

Ela acrescenta que o impacto esperado deste estudo é a criação de um pacote tecnológico que viabilize a cadeia produtiva do tambaqui na aquicultura, assegurando segurança alimentar, alta qualidade genética e valor agregado.

Este projeto integra os Eixos Temáticos do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia da Biodiversidade e Uso Sustentável de Peixes Neotropicais (INCT-Peixes), que reúne uma rede de universidades, empresas, institutos de pesquisa e outras entidades públicas e privadas. Coordenado pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), a Universidade Estadual Paulista (Unesp) é a principal parceira nesse Eixo Temático.

Milhares de peixes em estudo

A base populacional a ser estudada consiste em 35 famílias (cada uma composta por um pai e uma mãe distintos), com a expectativa de que cada família produza entre três a quatro mil peixes. Parte dessa produção será enviada para a Unesp de Jabuticabal, onde os animais serão selecionados quanto à resistência à flavobactéria, enquanto outra parte será encaminhada para a Unesp em Registro, para testes de resistência ao frio.

Luciana Shiotsuki enfatiza a relevância da análise da resistência à flavobactéria:

- As enfermidades bacterianas podem ocasionar altas taxas de mortalidade em peixes e, quando não causam mortes, provocam lesões que dificultam sua comercialização, resultando em grandes perdas econômicas para a piscicultura. Ela menciona especificamente a Flavobacterium columnare, que causa a columnariose, uma enfermidade que afeta todas as espécies de peixes de água doce, especialmente na fase de alevinos.

O grupo de pesquisa da Unesp, por meio deste projeto, irá caracterizar genótipos resistentes a doenças de tambaqui, utilizando as famílias criadas na Embrapa, contribuindo assim para a identificação de linhagens mais resilientes e formando progênies sustentáveis e seguras, com a redução do uso de antibióticos.

- Selecionaremos os melhores indivíduos da população para se tornarem pais da próxima geração. Assim, escolheremos os peixes com melhor desempenho em crescimento, resistência ao frio ou resistência a doenças para a reprodução, descartando os demais. Com isso, formaremos a próxima geração, que será novamente avaliada em novos desafios. Utilizaremos ferramentas de melhoramento clássico, com ganhos acumulativos a cada geração -  conclui Luciana Shiotsuki.

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