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PISCICULTURA NO MATOPIBA – Produção de peixes na região cresceu quase 6% em 2024
Data de Publicação: 28 de fevereiro de 2025 15:24:00 O Maranhão foi o estado que mais cresceu. Conheça a produção de cada estado em 2024, de acordo com o Anuário PeixeBR 2025, e suas respectivas posições no ranking regional e nacional.
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Imagem ilustrativa: META IA, por sugestão do editor da matéria
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Por Antônio Oliveira
Em 2024, o Maranhão foi o estado que mais cresceu na produção de peixes de cultivo na região do MATOPIBA, conforme o Anuário PeixeBR 2025, publicado nesta quinta-feira, 27, em São Paulo, pela Associação Brasileira de Piscicultura (PeixeBR). Conforme a publicação, o estado saiu das 49, 143 toneladas (t) produzidas em 2023 para 54.500 t cultivadas em 2024. É o 6ª maior produtor de peixes de cultivo no Brasil, segundo o Anuário PeixeBR 2025, posição que ocupa desde 2022.
Na segunda posição no ranking regional de produção de peixes de cultivo em 2024, conforme levantamento da PeixeBr, está o estado da Bahia. Em 2023, os piscicultores em tanques-rede, tanques suspensos ou cavados em terra, cultivaram 34.000 t, saltando, em 2024, para 36.450 t, crescimento de 7,20%. Mantém-se na 9º posição desde 2022.
Em seguida, no MATOPIBA, vem o estado do Tocantins, que saiu de uma produção de 17.556 t em 2023, para 18.100 t, em 2024. Crescimento de 3.10%, ainda conforme o Anuário PeixeBR 2025. Estado com um dos maiores potenciais para o cultivo de peixes no Brasil, Tocantins subiu um ponto no ranking nacional em 2024. Saiu da 18º que ocupava em 2022 e 2023 para a 17º, em 2024.
Por último, na quarta posição no ranking regional, está o Piauí. Em 2023, o estado, onde predomina a modalidade de tanques escavados, o estado produziu 21.900 t e, em 2024, 22.300 t. Crescimento de 1,83%, também conforme o Anuário PeixeBR 2025. O estado, ocupa a 14ª posição no ranking nacional, a mesma de 2022 e 2023.
A produção de peixes de cultivo na região do MATOPIBA cresceu 5,75%.
Os dados levantados pela PeixeBR são de espécies diversas de água doce – nativas e exóticas.
OS DEZ MAIORES PRODUTORES ESTADUAIS
(Estes dados o Anuário PeixeBR 2025 os compilou do IBGE, Pesquisa da Pecuária Municipal [dados preliminares 2022] )
Maranhão
1º |
MATINHA |
2º |
IGARAPÉ DO MEIO |
3º |
SÃO JOÃO DOS PATOS |
4º |
BOM JARDIM |
5º |
VITORINO FREIRE |
6º |
SANTA INÊS |
7º |
BACABAL |
8º |
ZÉ DOCA |
9º |
ALTO ALEGRE DO PINDARÉ |
10º |
TIMON |
Tocantins
1º |
ALMAS |
2º |
SÍTIO N. DO TO. |
3º |
DIANÓPOLIS |
4º |
PORTO NACIONAL |
5º |
MAURILÂNDIA DO TOCANTINS |
6º |
LAJEADO |
7º |
SÃO MIGUEL DO TOCANTINS |
8º |
ITAGUATINS |
9º |
CHAP DA NATIVIDADE |
10º |
PINDORAMA |
Piaui
1º |
GUADALUPE |
2º |
NAZÁRIA |
3º |
PALMEIRAIS |
4º |
JOSÉ DE FREITAS |
5º |
PARNAÍBA |
6º |
TERESINA |
7º |
UNIÃO |
8º |
BENEDITINOS |
9º |
DEMERVAL LOBÃO |
10º |
ALTO LONGÁ |
Bahia
1º |
GLÓRIA |
2º |
BARREIRAS |
3º |
CASA NOVA |
4º |
CABACEIRA PARAGUAÇU |
5º |
CORRENTINA |
6º |
PAULO AFONSO |
7º |
CANUDOS |
8º |
VALENÇA |
9º |
ARACI |
10º |
SANTANA |
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O tambaqui é o peixe mais produzido na
região do MATOPIBA (Foto: Divulgação)
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ESPÉCIES MAIS PRODUZIDAS
Ainda de acordo com os dados do Anuário PeixeBR 2025 de Piscicultura, os peixes nativos foram os mais produzidos na região do MATOPIBA em 2024, com 66.400 t. Por nativos, entende-se os tambaqui, pirapitinga, surubins, cacharas, piaus e piaparas, curimatás, pirarucu, dourado, traíra e trairão, lambari e Jundiá. A predominância é do tambaqui.
Em seguida vem a tilápia, com uma produção de 50.100 t. E, por último, a categoria de “outros”, que são a carpa, truta e, principalmente, o panga, com a produção de 14.650 t, sendo a maior produção a do Maranhão, com 10.100 t, por conta do panga.
Por estado, a produção nas três categorias de peixes em 2024 foi:
Maranhão: Tilápia, 5.400 t, nativos 39.00 t e outros 10.100 t
Tocantins: Tilápia, 700 t; outros 17.400 t e outros, “traço zero”.
Piaui: Tilápia, 12.000 t; nativos, 6.000 e outros, 4.300.
Bahia: Tilápia, 32.200 t; nativos, 4.000 t e outros, 250 t.
Desafios e superação de cada estado
Maranhão - O Anuário PeixeBR 2025, faz considerações de cada estado.
Ainda pela ordem do acrônimo MATOPIBA, o Maranhão manteve o seu crescimento, mostrando-se um estado com grande potencial de produção.
O Anuário aponta que os números do estado comprovam a vocação para a piscicultura. “O cultivo cresce ano após ano”, apontam as análises. No entanto, a industrialização representa um empecilho que precisa ser superado. O estado vem se destacando pela vocação para o cultivo de tilápia e panga.
“A industrialização é uma necessidade fundamental para o contínuo desenvolvimento do setor, permitindo ao estado acessar novos mercados tanto no Brasil quanto no exterior”, enfatiza o Anuário.
Além disso, a publicação ressalta que “a regularização ambiental é outro obstáculo ao crescimento de toda a cadeia produtiva. O programa Simplifica Maranhão, uma iniciativa do governo estadual, já está em funcionamento, mas ainda não alcançou a maior região produtora do estado”.
Por fim, o Anuário conclui que “o Maranhão possui um dos melhores arranjos produtivos para pequenos produtores no Brasil. É fundamental avançar na regularização ambiental e na industrialização”, sugere.
Tocantins - Sob o título “A chave do sucesso é resolver os gargalos”, o Anuário PeixeBR 2025 destaca que o Tocantins apresenta grandes oportunidades para a cadeia produtiva da piscicultura. Isso se deve, em grande parte, às suas condições climáticas favoráveis, à qualidade da água, à logística e à presença de uma indústria de insumos.
Além disso, a localização estratégica do estado facilita o atendimento a mercados em diversas regiões do Brasil. No entanto, a regularização ambiental ainda é deficiente, especialmente entre os pequenos produtores, o que impede o acesso ao crédito bancário, mesmo ao Pronaf, dificultando a inclusão competitiva destes pequenos no sistema produtivo.
Embora o Tocantins possua uma boa infraestrutura de industrialização, ela está predominantemente direcionada para os peixes nativos, mas já serve como uma base para o processamento na área.
Piauí - A piscicultura do Piauí experimentou um crescimento em 2024, recuperando o ritmo perdido no ano anterior. Esse desempenho foi principalmente impulsionado pelo cultivo de tilápia, a espécie mais comum no estado.
A cadeia produtiva gera aproximadamente 5 mil empregos, diretos e indiretos, e movimenta cerca de R$ 300 milhões anualmente, evidenciando sua força. Guadalupe se destaca como o principal polo produtor, refletindo o sucesso dos investimentos realizados na atividade.
Uma iniciativa positiva nesse cenário é a distribuição de alevinos para pequenos produtores, com cerca de 2 milhões de alevinos sendo entregues anualmente para aqueles que trabalham com peixes em tanques e açudes nos 224 municípios do Piauí.
Além disso, projetos no Rio Paraíba têm contribuído para o fortalecimento da atividade no estado, criando perspectivas ainda mais promissoras com investimentos em infraestrutura.
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A tilápia é a mais produzida na Bahia
(Imagem ilustrativa: META IA, por sugestão do editor da matéria)
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Bahia- A piscicultura da Bahia desempenha um papel crucial para o país, mas enfrenta desafios significativos para se desenvolver no estado. Dentre esses obstáculos estão os altos custos de alimentação, as dificuldades de comercialização, o acesso ao crédito, o licenciamento ambiental e a industrialização.
Apesar dessas dificuldades, a atividade tem características naturais que indicam um importante potencial para aumentar sua produtividade. O estado é nodalizado por importantes rios, como São Francisco, Vaza Barris, Mucuri, Jequitinhonha, Itapicuru, Real e Rio das Contas. Como destaca Marcos Rocha, assessor técnico da presidência da Bahia Pesca, que está ligada à Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri), esses recursos hídricos são fundamentais para a piscicultura.
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PISCICULTURA NO MATOPIBA

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