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PIRARUCU DE MANEJO - Articulações para a temporada 2023 da pesca do peixe amazônico mostram otimismo
Data de Publicação: 24 de julho de 2023 09:50:00 Até novembro, segundo dados do Ibama, estima-se que serão pescados 78.223 pirarucus. Destes, 34.589 peixes somente na área de atuação do Coletivo, envolvendo diretamente mais de 3.000 pessoas em diversas comunidades manejadoras do estado #temporada de pesca #pesca do pirarucu #coletivo do pirarucu #pirarucu de manejo
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(Foto: Eduardo Anizelli/ Folhapress) |
Redação
Durante a reunião anual do Coletivo do Pirarucu, um grupo formado por diversas organizações e lideranças comunitárias que trabalham com o manejo do pirarucu em unidades de conservação, terras indígenas e áreas de acordo de pesca no Amazonas, foram discutidos os preparativos para a temporada da pesca em 2023. Este coletivo engloba áreas que produzem cerca de 50% do total de pirarucu oriundo de pesca manejada do Amazonas. O evento on-line foi realizado em julho e reuniu mais de 50 pessoas representando 18 organizações, entre associações comunitárias, organizações não governamentais de apoio direto na assessoria técnica e órgãos de governo.
Apesar das limitações de acesso à internet, o encontro contou com a sólida participação de lideranças de comunidades manejadoras. A Associação do Povo Deni do Rio Xeruã (Aspodex) e a Associação Indígena do Povo das Águas (Aipa), representando o povo Deni e o povo Paumari, respectivamente, integram o Coletivo e participaram ativamente da reunião.
Durante o encontro, a Aspodex expressou as suas articulações de parceria com os grupos de manejo vizinhos do Médio Juruá. Já a Aipa, aproveitou a presença de representantes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para enfatizar a necessidade que as ações de fiscalização nas Terras Indígenas sejam retomadas para apoiar a proteção territorial contra explorações ilegais e predatórias.
Previsões para a temporada da pesca em 2023
Durante a reunião, foi apresentado o levantamento dos números previstos para a pesca de 2023 no Amazonas. Até novembro, segundo dados do Ibama, estima-se que serão pescados 78.223 pirarucus. Destes, 34.589 peixes somente na área de atuação do Coletivo, envolvendo diretamente mais de 3.000 pessoas em diversas comunidades manejadoras do estado.
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O povo Paumari se dedica ao manejo sustentável de pirarucu há mais de dez anos (Foto: Adriano Gambarini/OPAN) |
Com o apoio do projeto Raízes do Purus, realizado pela OPAN com patrocínio da Petrobras e do Governo Federal, os povos indígenas Paumari e Deni têm se dedicado de forma constante e progressiva ao fortalecimento de processos relacionados ao manejo sustentável de pirarucu, resultando em avanços significativos.
Somente nas terras indígenas do povo Paumari, a estimativa da Aipa é que sejam pescados 650 pirarucus até outubro deste ano, envolvendo diretamente cerca de 100 pessoas na atividade. Já na Terra Indígena Deni, a estimativa da Aspodex é que 150 pirarucus sejam pescados este ano, com a participação de mais de 200 pessoas.
A Aspodex e a Aipa integram o arranjo comercial Gosto da Amazônia, articulado pelo Coletivo e coordenado pela Associação dos Produtores Rurais de Carauari (Asproc). Essa iniciativa tem como objetivo principal garantir uma remuneração mais justa às comunidades que realizam o manejo do peixe, ao mesmo tempo que desencoraja a atuação de atravessadores e exploradores, promovendo assim um comércio baseado em princípios de equidade e solidariedade.
Preços justos impulsionam a conservação e o comércio solidário do pirarucu
O levantamento feito pelo Coletivo trouxe também um mapeamento dos acordos comerciais para a venda do pirarucu manejado, bem como os preços praticados em cada região, que variam entre R$ 5,00 e R$ 10,00 por kg do pirarucu pagos diretamente aos grupos de manejo. Adevaldo Dias, presidente do Memorial Chico Mendes e assessor da Associação dos Produtores Rurais de Carauari (Asproc), organização que lidera o arranjo comercial coletivo Gosto da Amazônia, fala sobre o preço pago pela Asproc aos manejadores.
- O trabalho feito pela associação acaba atuando como um regulador de preços de mercado, pois ao pagar melhor as comunidades manejadoras pelo peixe manejado, inibe a ação dos atravessadores e exploradores, e fortalece o comércio justo e solidário - avalia.
*Texto produzido pela assessoria de comunicação do Coletivo do Pirarucu.

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