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MULHERES DA AQUICULTURA – Adriana Ferreira da Silva, uma das duas cientistas de aquicultura no prêmio “25 Mulheres na Ciência Américas ”

MULHERES DA AQUICULTURA – Adriana Ferreira da Silva, uma das duas cientistas de aquicultura no prêmio “25 Mulheres na Ciência Américas ”

Data de Publicação: 11 de abril de 2024 17:45:00 Adriana Ferreira da Silva, Zootecnista pela UEM e Doutora em Ciências Marinhas pela Universidade Nacional Autônoma do México, é uma das duas mulheres brasileiras da aquicultura agraciadas no “25 Mulheres na Ciência Américas ”. Atualmente, a cientista desenvolve, no México, um projeto de educação e difusão do sistema de cultivo de organismos aquáticos em bioflocos. Conheça-a nesta entrevista exclusiva

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Adriana ensina e difunde o bioflocos no México (Foto: Acervo pessoal)

 

Por Antônio Oliveira

- Este prêmio é de extrema importância para minha carreira profissional, pois reconhece não só o meu trabalho, mas também a importância da aquicultura sustentável na América Latina – considera Adriana Ferreira da Silva.

Muito focada na piscicultura, o projeto com o qual ela concorreu a esse prêmio idealizado e promovida pela 3M (clique aqui para se informar sobre este prêmio),  consiste na implementação e promoção da aquicultura sustentável, com foco na tecnologia de bioflocos e processamento de pescado.

Sobre a piscicultura no Brasil, ela diz acreditar que “a aquicultura brasileira, especialmente a piscicultura, está progredindo em termos de ciência e tecnologia, e o estado do Paraná desempenha um papel crucial nesse avanço. O Paraná é um dos principais produtores de tilápia no país, o que demonstra a capacidade do estado em adotar práticas modernas e sustentáveis na produção aquícola”.

Sobre as pesquisas em aquicultura no Brasil, diz: “a minha opinião sobre as academias e institutos de pesquisa brasileiros na área da aquicultura é que eles desempenham um papel fundamental no desenvolvimento e avanço do setor no país. Essas instituições têm sido responsáveis por produzir conhecimento científico de alta qualidade”.

Conheça mais esta brasileira na entrevista seguinte:

Centro-Oeste Farm News (COFARMNEWS) - No que consiste o projeto com o qual a senhora concorreu a este prêmio?

Adriana Ferreira da Silva - O projeto com o qual concorri a este prêmio consiste na implementação e promoção da aquicultura sustentável, com foco na tecnologia de bioflocos e processamento de pescado. Esta tecnologia inovadora é utilizada como uma ferramenta para promover a produção de organismos aquáticos de forma ambientalmente responsável, contribuindo assim para a segurança alimentar e o desenvolvimento econômico da região. O projeto também inclui atividades de ensino, pesquisa e divulgação para promover boas práticas na aquicultura e promover a conservação dos recursos naturais.

 
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"A aquicultura brasileira, especialmente a piscicultura, está progredindo em termos de ciência e tecnologia, e o estado do Paraná desempenha um papel crucial nesse avanço" (Foto: Acervo pessoal)
 

COFARMNEWS - Qual é a importância deste prêmio para a sua carreira profissional, para a aquicultura na América Latina, via de regra, para a Universidade Estadual de Maringá, onde a senhora estudou?

Adriana Ferreira da Silva - Este prêmio é de extrema importância para minha carreira profissional, pois reconhece não só o meu trabalho, mas também a importância da aquicultura sustentável na América Latina. Ele destaca o compromisso com a inovação e a busca por soluções ambientalmente responsáveis, fortalecendo minha posição como líder nesta área e abrindo portas para colaborações e oportunidades futuras. Este prêmio é uma honra não apenas para mim, mas também para a Universidade Estadual de Maringá, onde tive a oportunidade de estudar. Ele destaca a qualidade da educação e da formação oferecidas pela instituição, reforçando seu compromisso com a excelência acadêmica e a formação de profissionais de destaque em suas áreas de atuação.

COFARMNEWS - A senhora tem difundido, e ensinado, o cultivo de organismos aquáticos sob o sistema de bioflocos. Acredita que este método deveria ser melhor aproveitado na aquicultura brasileira?

Adriana Ferreira da Silva  - Sim, acredito que o sistema de bioflocos tem um grande potencial na aquicultura brasileira e deveria ser melhor aproveitado. Este método oferece diversas vantagens, como a redução do uso de água e a minimização da poluição ambiental, tornando-o uma opção sustentável e econômica para a produção de organismos aquáticos. Além disso, o sistema de bioflocos pode aumentar a produtividade e a eficiência dos cultivos, contribuindo para o desenvolvimento da aquicultura no Brasil. A adoção deste método poderia beneficiar não apenas os produtores, mas também o meio ambiente, tornando a produção aquícola mais sustentável e responsável.

COFARMNEWS - Em termos de ciência e tecnologia, a aquicultura brasileira, sobretudo a piscicultura, está trilhando por caminhos certos, ou há distorções que prejudicam o andamento do setor no país?

Adriana Ferreira da Silva   - A aquicultura brasileira, especialmente a piscicultura, está progredindo em termos de ciência e tecnologia, e o estado do Paraná desempenha um papel crucial nesse avanço. O Paraná é um dos principais produtores de tilápia no país, o que demonstra a capacidade do estado em adotar práticas modernas e sustentáveis na produção aquícola. Além disso, o estado tem se destacado no desenvolvimento de tecnologias inovadoras, como o sistema de bioflocos, que têm contribuído para o aumento da produtividade e eficiência do setor. Esses avanços são indicativos de um progresso positivo no setor, que está cada vez mais alinhado com práticas modernas e sustentáveis.

COFARMNEWS - Hoje a senhora mora e trabalha no México. Por que a opção por este país e não pelo seu país, onde a aquicultura está num crescimento muito bom?

Adriana Ferreira da Silva - Optei por morar e trabalhar no México devido às oportunidades e ao ambiente favorável que o país oferece para a aquicultura e a pesquisa científica na área. O México possui uma indústria aquícola em crescimento e uma forte demanda por profissionais qualificados nesse setor. Além disso, o país está investindo cada vez mais em tecnologias sustentáveis e inovadoras para impulsionar sua produção aquícola, o que me permite contribuir com minha experiência e conhecimento nesse campo.

"Acredito que o sistema de bioflocos tem um grande potencial na aquicultura brasileira e deveria ser melhor aproveitado" (Foto: Acervo pessoal)

COFARMNEWS - Qual seria sua opinião sobre as academias e institutos de pesquisa brasileiras na área da aquicultura?

Adriana Ferreira da Silva - Minha opinião sobre as academias e institutos de pesquisa brasileiros na área da aquicultura é que eles desempenham um papel fundamental no desenvolvimento e avanço do setor no país. Essas instituições têm sido responsáveis por produzir conhecimento científico de alta qualidade, desenvolver tecnologias inovadoras e formar profissionais qualificados para atuar na aquicultura.

COFARMNEWS - Gostaria de acrescentar mais uma informação nesta entrevista? Fique à vontade.

Adriana Ferreira da Silva  - Claro. gostaria de acrescentar que, além dos desafios mencionados, vejo também grandes oportunidades para a aquicultura brasileira no cenário internacional. O Brasil possui uma rica biodiversidade aquática e um vasto potencial aquícola, o que o coloca em uma posição privilegiada para se tornar um dos principais produtores e exportadores de produtos aquícolas no mundo. Para aproveitar ao máximo essas oportunidades, é fundamental continuar investindo em pesquisa e inovação, promovendo a capacitação de produtores e profissionais do setor, e desenvolvendo políticas públicas que incentivem o crescimento sustentável da aquicultura.

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