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IFC 2022/ENTREVISTA: Edição deste ano projeta o evento no cenário latino-americano de feiras e congressos de aquicultura, diz Altermir Gregolin

IFC 2022/ENTREVISTA: Edição deste ano projeta o evento no cenário latino-americano de feiras e congressos de aquicultura, diz Altermir Gregolin

Data de Publicação: 16 de julho de 2022 19:54:00 “Seguramente, é uma edição não só de consolidação do IFC, mas dá a largada para uma versão latino-americana que entendemos que o Brasil tem tudo para consolidar. Ou seja, o Brasil é um grande mercado, com mais de 210 milhões de habitantes; é uma referência no agro e já é uma referência na aquicultura, especialmente na piscicultura”

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Por Antônio Oliveira

Centro-Oeste Farm News, uma das media partner do International Fish Congress e Fish Expo (IFC Brasil), entrevistou o presidente do evento e ex-ministro da Aquicultura e Pesca, Altemir Gregolin. À mesa,os preparativos e as expectativas de um dos três maiores eventos brasileiros voltados para as cadeia produtiva do pescado. As revelações feitas a este repórter e editor, são animadoras e vão respaldar ainda mais o bom momento em que vive a aquicultura brasileira – que vive uma verdadeira “revolução azul”. Conforme a Gregolin, a presença de expositores, público e negócios deve superar a edição do ano passado.O evento passa a ter um caráter latino-americano. Nós estivemos na Aquasur, no Chile e  no Seafood North América,  em Boston, nos EUA,  exatamente para divulgar o IFC, convidar empresas, profissionais,  o setor produtivo para estarem no IFC. E nós temos aí já, ao menos, 8 empresas do Chile, Estados Unidos e da  Índia que estarão no evento. Segundo, nós ampliamos em mais de 40% o tamanho da feira”

Altemir Gregolin, criador e presidente do IFC (Foto: IFC)

 

Ainda conforme o ministro, entre outras atividades,o IFC 2022 terá uma empresa americana importadora de tilápia brasileira,cujo executivo vai acenar para novas compras e “o que os americanos esperam na tilápia brasileira”. Serão mais de 50 conferencistas nacionais e internacionais e muitas tecnologias anunciadas.

Segue a entrevista.

Centro-Oeste Farm News – Presidente Altemir Gregolin,  como estão os preparativos para a realização do IFC 2022?

Altermir Gregolim – Os preparativos do evento estão muito adiantados. Nós iniciamos os trabalhos já em fevereiro deste ano e, portanto, neste momento nós já estamos com a programação do congresso praticamente toda definida. São mais de 50 conferencistas nacionais e internacionais. A feira já está com mais de 80% dos espaços  comercializados. Para a rodada de negócios, nós contratamos uma empresa especializada de São Paulo para conduzir a sua realização e, também, os trabalhos científicos. “O prazo para inscrições de trabalhos é até o dia 08 de agosto. Então, estamos muito tranquilos com o nível de organização e temos certeza que será um grande evento.

C.O.F.N – Quais as novidades o IFC 2022 anuncia para este ano?

Altermir Gregolim – Primeiro que o evento passa a ter um caráter latino-americano. Nós estivemos na Aquasur, no Chile;  no Seafood North América,  em Boston, nos EUA,  exatamente para divulgar o IFC, convidar empresas, profissionais,  o setor produtivo para estarem no IFC. E nós temos aí já, ao menos, 8 empresas do Chile, Estados Unidos e da  Índia que estarão no evento. Segundo, nós ampliamos em mais de 40% o tamanho da feira.  Ou seja, teremos mais de 120 empresas participantes do evento. Além disso, fortalecemos o Congresso. São mais de 50 conferencistas nacionais e internacionais, com um tema de mercado muito forte, além dos temas técnicos e a rodada de negócios, que será presencial com três eixos de negócios:  compra e venda de pescados; compra e venda de máquinas e equipamentos,  e compra e venda de rações e suplementos.

C.O.F.N – Tendo como base os ótimos resultados de feiras de agro – inclusive de aquicultura -, já realizados Brasil a fora e as suas exposições feitas aqui,  qual a expectativa o senhor tem da edição do IFC 2022?

Altermir Gregolim - As expectativas são muito positivas. Há um nível de mobilização bastante grande. Missões técnicas do Sebrae e de grande parte dos estados. A participação de empresas, de profissionais do setor, da academia, do setor produtivo. Nós aguardamos mais de 2000 participantes no evento, além de aproximadas 130 empresas que estarão expondo ou apoiando o evento. Então, as expectativas são das melhores. Seguramente, é uma edição não só de consolidação do IFC, mas dá a  largada para uma versão latino-americana que entendemos que o Brasil tem tudo para consolidar. Ou seja, o Brasil é um grande mercado, com mais de 210 milhões de habitantes;  é uma referência no agro e já é uma referência na aquicultura, especialmente na piscicultura. E isso atrai a atenção dos países latino-americanos e de outros países mundo a fora, que estarão presentes com empresas, profissionais ou empresários dentro do evento. Então, a expectativa é muito grande.

Números de 2021 serão bem maiores neste ano, afirma Gregolin (Foto: IFC)

C.O.F.N – Nos campos das pesquisas e tecnologias, o que o público e expositores podem esperar desta edição, presidente?

Altermir Gregolim – Primeiro, nós teremos muitos lançamentos de novas tecnologias, inclusive  na área de máquinas e equipamentos  com inteligência artificial e automação na área de nutrição;  lançamento de novos produtos, especialmente na área de micronutrientes;  novas composições de rações;  na área de genética e espécies de peixes melhoradas geneticamente, com mais resistência a doenças,  com melhor conversão alimentar. E, na área de sanidade,  também novos produtos, como  kit de diagnóstico de doenças. Este será um lançamento  já assegurado.  Então, a feira terá muitos lançamentos com inovações. Além disso, o congresso trará o debate das mais variadas temáticas neste campo, em todas as áreas que eu já citei. Nas análises de tendências, não só de mercado, mas também de desenvolvimento de novas tecnologias. Nós teremos, inclusive, a participação de conferencistas globais em todas as áreas. Então,  a expectativa é das melhores. Além disso, teremos a presença da Embrapa;  do Instituto de Pesca de São Paulo e do governo do Paraná. E, mais: de outras  instituições de pesquisa, empresas privadas que desenvolvem tecnologias. Então, teremos muitas novidades nesse campo.

C.O.F.N – E no campo dos negócios?

Altermir Gregolim - Eu gostaria de destacar mais três questões. Primeiro, nós teremos no primeiro dia do evento, a participação de uma grande empresa americana, importadora de tilápia brasileira. Executivo dela  vai falar sobre o que é que os americanos querem da tilápia brasileira, como vêem esse produto que já tem um diferencial em relação a produtos de outros países. E, também,  esse empresário estará em contato com empresas brasileiras exportadoras ou interessadas em exportar. Então, esse é um destaque muito especial. Segundo, nós, estaremos realizando no dia 30 um pré-evento,  um seminário, um workshop internacional Brasil-Alemanha sobre sistemas de  produção em recirculação. Teremos cinco empresas alemãs participando desse evento que desenvolvem já essa modalidade de produção e cinco empresas brasileiras. Então, o objetivo é fazer um aprofundamento em torno desta tecnologia. Um workshop que  terá a participação aproximados 100 profissionais. Interessados podem manter contato com a organização do IFC 2022 para ver a possibilidade de vaga. E em terceiro, teremos uma reunião com os responsáveis do Projeto Austral, que é financiado pela Comunidade Econômica Europeia, coordenado por uma instituição de pesquisa da Noruega que envolve mais de 15 países. Uma reunião com empresas brasileiras, com instituições de pesquisa  e universidades do país para tratar desses temas multitróficas. Este é o objetivo deste projeto europeu, ou seja, desenvolver sistemas que possam, por meio de consórcio, aumentar a  produção de diferentes espécies associadas à produção por bioflocos, produzir com menores custos, de forma mais eficiente e com melhor conversão e de forma sustentável. Então, estaremos sediando este evento internacional dentro do IFC.  A Universidade Federal do Rio Grande do Sul ( UFRGS) já desenvolve parceria com o Projeto Austral, que  pretende ter mais parceiros  brasileiros. Em relação ao volume de negócios, a nossa expectativa é superar o volume de negócios realizados na edição do ano passado que foi em torno de R$ 60 milhões. E essa expectativa está fundamentada em dois

aspectos: primeiro, um número bem maior de empresas participando. Em segundo, a realização de rodadas de negócios, coordenado por uma empresa especializada na área que já está organizando a rodada. Então a estimativa é que a gente supere os 60 milhões R$ em negócios do ano passado.

 

 

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