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FENANCAM’22 – Feira começa nos próximos dias com a expectativa de retomada das exportações do camarão brasileiro

FENANCAM’22 – Feira começa nos próximos dias com a expectativa de retomada das exportações do camarão brasileiro

Data de Publicação: 4 de novembro de 2022 10:40:00 A expectativa para 2022/23 é ampliar o volume comercializado e voltar a participar de forma mais expressiva do gigantesco mercado internacional, que gera 30 bilhões de dólares por ano. Feira ocorrerá em Natal, entre 15 e 18/11 #camarão #exportações de camarão #fenacam 2022

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Itamar Borges, presidente da ABCC (Foto: Canindé Soares/FENACAM)

 

Redação

Acontece em Natal (RN), entre os dias 15 e 18 próximos a FENACAM’ 22 (Feira Internacional do Camarão). Entre todas as expectativas na cadeia produtiva está a retomada das exportações do crustáceo, quiçá, de início, ao menos se aproximando das exportações registradas entre 2003 e 2004, quando essas vendas no comércio exterior chegaram a representar aproximadamente 78% do destino da produção nacional, segundo dados da Associação Brasileira de Criadores de Camarão - ABCC.

Ainda conforme ela, o país chegou a liderar o comércio de camarões, nas classificações pequenas e médias, com os Estados Unidos (21,7 mil toneladas), em 2003, e de camarões tropicais, com a União Europeia (39,0 mil toneladas), em 2004.

- Desvalorização cambial e ação antidumping, imposta pelos EUA, levaram à perda de competitividade (principalmente, em relação ao Equador e a China). Tudo isso, somado aos preços favoráveis do mercado interno, está entre os fatores que reduziram sobremaneira as exportações brasileiras e ampliaram a participação do mercado brasileiro, que, em poucos anos, passou a consumir todo o camarão produzido em território nacional – ressalta a ABCC.

Com muito esforço dos produtores dos associados ou não a ABCC, em 2021, mesmo com a pandemia, fizeram ensaio para o retorno das exportações, tendo a Ásia como principal destino. O total comercializado, segundo informações da ABCC, chegou a 320 toneladas, que rendeu 1,5 milhão de dólares. A expectativa para 2022 e 2023 é ampliar o volume comercializado e voltar a participar de forma mais expressiva do gigantesco mercado internacional, que gera 30 bilhões de dólares por ano, segundo informou Itamar Rocha, presidente da ABCC.

- O Camarão brasileiro precisa urgentemente retornar ao mercado internacional – ele.

- Exportamos apenas 320 toneladas (que geraram 1,5 milhão de dólares), em 2021, um volume ínfimo se comparado às exportações do Brasil (58.455 toneladas / US$ 226 milhões), em 2003, e às do Equador (841.722 toneladas / US$ 5,087 bilhões), em 2021 - retoma.

Política de preço desigual e irreal

Ainda segundo ele, o setor comercializou 99,7% (119.680 toneladas) de camarão cultivado no mercado interno, com uma política de preço desigual e irreal, em relação aos preços praticados pelo mercado internacional.

- Não temos dúvidas que a alternativa para manter a sustentabilidade setorial será o imediato retorno às exportações, inclusive, para a própria China, que embora seja o maior produtor mundial, já é o segundo maior importador mundial do camarão marinho (L. vannamei) cultivado - revela o presidente da ABCC.

Itamar Rocha destaca ainda que 45% do total produzido no ano passado foi comercializado na forma de produto congelado, com ampla vida de prateleira, sem cabeça ou filé, enquanto os outros 55%, foram vendidos na porteira da fazenda, na forma de camarão fresco, com uma mínima vida de prateleira (de 72 a 96 horas,).

O volume produzido no Brasil foi distribuído majoritariamente para: Recife, Fortaleza, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo, Itajaí, Florianópolis, Maceió, João Pessoa e Aracajú. As novas projeções, segundo Itamar Rocha, apontam para o crescimento da produção para 150 mil toneladas em 2022 e 180 mil toneladas em 2023.

Feira é a maior da América Latina no seu ramo (Foto: Canindé Soares)

 

FENACAM'22

Todas essas discussões e questionamentos técnicos e mercadológico setorial vão estar no centro dos debates durante a 18ª edição da Feira Internacional do Camarão - Fenacam'22, que será realizada entre os dias 15 e 18 de novembro, no Centro de Convenções de Natal.

Com o tema 'Processamento e agregação de valor com foco nos mercados institucionais brasileiro e nas exportações', a Fenacam'22 vai contar com 02 importantes Simpósios Internacionais (XVIII Simpósio Internacional de Carcinicultura e XV Simpósio Internacional de Aquicultura), com a participação de 47 palestrantes, sendo 17 internacionais, oriundos de 12 países, afora a maior Feira de Aquicultura da América Latina, com 200 estandes, representando mais de 100 empresas nacionais e internacionais, além de entidades financeiras e Poder Público.

A expectativa é para que a tradicional feira possa gerar, em negócios, algo em torno de R$ 150 milhões.

- Esta é a nossa expectativa, considerando a expressiva participação das principais empresas líderes de toda a cadeia produtiva da carcinicultura e piscicultura brasileira - afirma Itamar Rocha. A programação de eventos técnicos e comerciais já está definida, tendo com destaque, além da Programação Técnica e Comercial, o "Festival Gastronômico de Frutos do Mar" e a Feira de Aquicultura:

XVIII Simpósio Internacional de Carcinicultura;

XV Simpósio Internacional de Aquicultura;

XVIII Festival Gastronômico de Frutos do Mar;

XVIII Sessões Técnicas e Cientificas – Aquicultura e Carcinicultura;

XVIII Feira Internacional de Serviços e Produtos para a Aquicultura.

Os Simpósios Internacionais de Carcinicultura e Aquicultura vão contar com 46 palestras (nacionais e internacionais), além de palestras 3 magnas, antecedendo as Sessões Técnicas, com renomados especialistas e diretores executivos de empresas e autarquias públicas, representando 12 Países: Brasil: México, Malásia, Itália, Equador, Noruega, Estados Unidos, Peru, Espanha, França, Índia e Tailândia.

Nas sessões técnicas, além das 3 Palestras Magnas, serão apresentados 204 trabalhos científicos, sendo 67 com apresentações oral e 137 através de 'pôster'.

O evento conta com o apoio dos governos estadual (Maranhão) e Federal; Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, Sebrae Nacional, Fecomércio - RN, FIERN, FAERN, Banco do Nordeste, Tecnarão e Bomar Pescados.

*Fonte: Ascom/FENACAM.

 

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