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FAO, Ceplac e parceiros lançam projeto para conservar a Mata Atlântica e recuperar 50 mil hectares de produção de cacau

FAO, Ceplac e parceiros lançam projeto para conservar a Mata Atlântica e recuperar 50 mil hectares de produção de cacau

Data de Publicação: 7 de dezembro de 2022 15:40:00 Com investimentos de U$S 5,3 milho~es, a parceria vai promover a conservac¸a~o da biodiversidade e a recuperac¸a~o de a´reas degradadas no bioma atrave´s da gesta~o sustenta´vel dos recursos #lavoura cacaueira #cacau cabruca #mata atlântica #conservação

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o projeto vai apoiar o fortalecimento do Sistema Cabruca (Foto: Divulgação)

 

Redação

Fortalecer a produção de cacau para conservar e recuperar a´reas de floresta no sul da Bahia. Este é o objetivo do projeto “Conservação da Mata Atlantica por meio do manejo sustentavel de paisagens agroflorestais cacaueiras”, que sera´ lanc¸ado nesta quarta-feira pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) no Brasil, durante o Simposio Sobre Sistemas com Cacaueiro. A iniciativa é fruto de parceria com a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira do Ministe´rio da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Ceplac/MAPA) e a Agência Alemã de Cooperação Técnica (GIZ). A novidade e´ que este será o primeiro projeto da FAO financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), no oitavo ciclo de implementação de acordos multilaterais.

Com investimentos de U$S 5,3 milhões, a parceria vai promover a conservac¸a~o da biodiversidade e a recuperac¸a~o de a´reas degradadas no bioma atrave´s da gesta~o sustentável dos recursos. Ao longo de 4 anos, o projeto vai apoiar o fortalecimento do Sistema Cabruca, um modo de cultivo agroflorestal que utiliza a sombra das a´rvores nativas para a produc¸a~o de cacau. Um dos resultados esperados da parceria é impulsionar a geração de renda para pequenos produtores locais associada às práticas de conservação da biodiversidade.

A expectativa é iniciar a fase de preparação do projeto de forma participativa, ampliando o diálogo com instituições e produtores rurais. Ao final, a parceria pretende beneficiar 3 mil agricultores familiares, revitalizar 50 mil hectares de lavoura de cacau e levar apoio e financiamentos para mais de 1,6 milhão de hectares de áreas produtivas. Em todo o país, o cultivo do cacau é feito numa área de quase 600 mil hectares por 93 mil produtores rurais. Destes, 74% pertencem àagricultura familiar.

O projeto pretende, ainda, dedicar atenção especial ao planejamento do uso da terra, à gesta~o compartilhada dos recursos naturais e ao desenvolvimento de poli´ticas e legislac¸o~es de apoio aos produtores e a` conservação ambiental.

De acordo com Tiago Rocha, oficial de projetos GEF da FAO no Brasil, a iniciativa tem grande potencial de aliar conservac¸a~o ambiental com otimização do cultivo.

- Essa e´ uma das abordagens mais eficazes em prol da manutenção dos serviços ecossistêmicos e do desenvolvimento social das populac¸o~es rurais. A FAO e o GEF, em conjunto com a Ceplac e parceiros, ira~o potencializar o uso desse importante mecanismo de fortalecimento do Sistema Cabruca, que e´ uma pra´tica histo´rica no sul da Bahia - explica.

Para ele, o projeto e´ fundamental para o enfrentamento de algumas barreiras histo´ricas observadas nesse tipo de produc¸a~o, como a falta de assiste^ncia te´cnica, a necessidade de melhor governanc¸a e de valorizac¸a~o do mercado de cacau cabruca, por exemplo.

- E´ um projeto extremamente importante para a FAO, na~o so´ por seu aspecto social, mas por possibilitar a expansa~o e recuperac¸a~o de a´reas degradas, o aumento da conectividade ecolo´gica apoiada em mecanismos financeiros e gerac¸a~o de renda, o que permitira´ que os resultados sejam sustenta´veis ao longo dos anos - diz.

O diretor da Ceplac, Waldeck Araújo, também ressaltou a importância da iniciativa para os produtores de cacau da região.

- Esse projeto pioneiro tem capacidade de acelerar a transformação e a modernização da cacauicultura no sistema cabruca garantindo sua preservação e a conservação ambiental. O projeto também propiciará assistência técnica gerencial e a construção de um novo modelo de desenvolvimento para a região, através do uso das tecnologias disponíveis, como materiais resistentes a pragas, técnicas de manejo e fermentação - diz.

É esperado, ainda, que a parceria promova a troca de conhecimentos entre produtores rurais e instituic¸o~es acade^micas, o interca^mbio de informac¸o~es entre regio~es, ale´m de possibilitar parcerias com o setor privado.

*Fonte: Comunicação da FAO no Brasil.

 

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