Especialistas discutem a importância da irrigação no agronegócio brasileiro durante o 14º Congresso Brasileiro do Algodão, destacando sua contribuição para a produtividade, segurança alimentar e sustentabilidade.

Foto: Ascom/CBA

Da redação
Em um contexto de mudanças climáticas globais, a agricultura irrigada surge como uma solução estratégica para o agronegócio brasileiro, com destaque especial para o cultivo do algodão. Durante o 14º Congresso Brasileiro do Algodão (14º CBA), realizado em Fortaleza/CE pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), especialistas de renome trouxeram à tona a relevância da irrigação no setor. Entre os debatedores, o engenheiro agrícola Everardo Mantovani, o produtor irrigante Celestino Zanela e o mestre em Irrigação Igor Santos (Na foto) compartilharam suas visões, ancoradas em pesquisas e práticas de campo, sobre os impactos econômicos, sociais e ambientais da irrigação.

Everardo Mantovani revelou dados que reforçam a necessidade de ampliar o uso de irrigação no Brasil. Enquanto mais de 60% do algodão mundial é irrigado, apenas 8,1% da produção brasileira adota essa técnica, com destaque para a Bahia (24,2%) e o Mato Grosso (2,6%). Segundo Mantovani, além de estabilizar a produção, a irrigação contribui para a mitigação do efeito estufa e a otimização dos recursos, fortalecendo a segurança alimentar global.

Igor Santos apresentou inovações tecnológicas para monitoramento da umidade do solo, defendendo a profissionalização do sistema. Ele enfatizou que irrigar de forma eficiente requer planejamento e execução precisos, adaptados às especificidades de cada região.

Por fim, Celestino Zanela encerrou o debate com uma mensagem clara: a agricultura irrigada é essencial para o desenvolvimento de áreas com chuvas irregulares no Brasil, viabilizando a rotação de culturas e mantendo a produtividade de forma sustentável.

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