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ARTIGO – Um olho no jornalismo de agronegócio e outro na literatura
Data de Publicação: 18 de fevereiro de 2024 10:30:00 Com mais de vinte anos ininterrupto no jornalismo de agronegócio, volto mais minhas atenções para a literatura, pondo os pés neste setor cultural com dois livros oriundos do meu dia-a-dia no agronegócio de aquicultura – “Elas na aquicultura” e “Minhas luta pelo desenvolvimento da piscicultura no Tocantins – dos nativos a tilápia.
Por Antônio Oliveira
Eu tenho, por formação e experiência de vida, ao longo destes meus 66 anos de idade, funções profissionais no jornalismo, no radialismo (profissional de Rádio e TV) e na literatura. Esta com tendência à prosa. Tenho inúmeras crônicas e artigos publicados na imprensa goiana, tocantinense e baiana e exerço trabalhos na imprensa e no rádio desde o início da década de 1980. De vez em quando uma participaçãozinha na comunicação social nacional. Na literatura, tenho alguns livros publicados, de minha autoria, e coedição de outros, a exemplo do belo livro sobre a história do Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins, que teve como editora-chefe a brilhante e saudosa jornalista e publicitária – minha ex-colega na TV Palmas -, Maria Arienar da Silva. Mas tenho dedicado muito, principalmente nos últimos 20 anos - tempo de fundação e atuação da minha empresa Cerrado Comunicação, Editora e Eventos -, ao jornalismo de agronegócio, sendo visto – não sei se o sou - como um dos maiores ícones do jornalismo deste setor no Brasil e, principalmente, na região do MATOPIBA (acrônimo de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).
Mas chegou um tempo em minha vida, como chega na vida de todos nós, em que temos que repensar, se reinventar, buscar novos rumos e, assim, continuar a se realizar plenamente. Pensei muito em deixar, definitivamente, o agronegócio. Porém, refleti que, além de gostar, me sentir útil ao processo de desenvolvimento deste importante setor da economia regional e nacional, não posso sair desta área, ao menos neste momento de pleno desenvolvimento da agropecuária e da piscicultura – este tem sido meu foco principal - na minha região e em todo o Brasil. Todavia, decidi dividir melhor meu tempo entre o jornalismo e a literatura, inclusive fortalecendo este braço de atuação da minha empresa, denominando-o de Cerrado Editorial, pela qual quero ter, com minhas obras, um lugarzinho no mercado livreiro regional e nacional – sobrevivência -, estendendo esta oportunidade aos pequenos autores que, da mesma forma que eu, buscam um horizonte para o seu trabalho literário. Sob este prisma, estabeleci três plataformas de atuação da minha empresa: a literatura, em cuja estruturação estou centrado; o jornalismo de agro e a promoção de eventos técnicos, pilares que estão passando por reestruturação.
Pois, sim. Na literatura, iniciando esta nova fase da minha empresa e da minha vida, estarei publicando, por meio de site próprio, www.cerradoeditorial.com.br (ainda em construção, mas já no ar), dois novos livros inéditos; uma de segunda edição e outro, voltado para o público infantil, que já está no mercado desde o ano passado.
Os livros
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Do jornalismo de agronegócio, levei para a literatura, o “Elas na Aquicultura – primeira coletânea de entrevistas”. Prefaciado pela Médica Veterinária Sanitarista, Meg Felippe, a obra traz uma coletânea de entrevistas com 13 mulheres que fazem a aquicultura brasileira bem melhor e cada vez mais ganhando espaço no Brasil e no mundo. São experiências de vida, de resiliência, de empreendedorismo, e de visão de mundo. Falas que motivam a vida pessoal e a profissional daqueles que as leram, ou ainda vão ler.
Escolher entre essas lindas quem seria a capa, não foi fácil. As “feras”, por ordem de entrevistas publicadas: Marilsa Patrício Fernandes, Juliana Lopes, Josiani Demori, Fernanda Queiroz e Silva, Ana Carolina Barros Guerrelhas, Márcia Kafensztok, Ana Paula Paula Guerrelhas Teixeira, Claudia Kafensztok, Katt Lapa, Ofélia Maria Campigotto, Sonia Ambar Amaral, Cristiane, Rodrigues Pinheiro Neiva e Danielle de Bem Luiz. Vejam que não é fácil. São mulheres produtoras, empresárias, pesquisadoras, cientistas, gestoras... líderes.
Então optei pela Marilsa Patrício Fernandes por dois bons e justos motivos. O primeiro por ela ser uma grande locomotiva da aquicultura porteira e frigorífico a fora, gerindo e promovendo a Aquishow, a mais antiga feira nacional de aquicultura que vem abrindo porteiras, portas, pesquisa e desenvolvimento e mercados para a aquicultura no Brasil e no mundo. O segundo motivo é sua capacidade de enfrentar as adversidades que Deus tem colocado na vida pessoal dela, com certeza, como teste e que ela vem administrando com coragem, ética, dignidade, resignação e amor. Quem convive com ela sabe do que estou falando. Acredito que esta é a homenagem que todos nós, este autor e os atores da aquicultura fazemos a ela.
Cada entrevista é aberta com uma foto da entrevistada, trabalhada como obra de arte por nosso diagramador e arte-finalista Welligton Cerqueira, de Barreiras (BA), um dos melhores designer do Brasil e que me presta serviço há mais de 10 anos.
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Outro livro que também trago do agronegócio - e muitos deste setor virão por minhas mãos – para a literatura é o “Minha luta pelo desenvolvimento da piscicultura no Tocantins – Dos nativos a tilápia”. É prefaciado pelo Professor/Doutor Ricardo Pereira Ribeiro, Associado do Departamento de Zootecnia da Universidade Estadual de Maringá e coordenador do Peixe Gen e uma das maiores autoridades em tilapicultura do Brasil.
Esta obra é dedicada aos meus grandes amigos: o Dr. Eudoro Pedrosa (in memoriam), advogado, empresário, ex-deputado e ex-secretário de Indústria e Comércio do Tocantins por 3 gestões. Homem ético, companheiro, empreendedor e de uma visão de Estado muito grande. Lutamos muito pelo desenvolvimento do Tocantins. O outro que recebe a minha dedicação é o empresário barreirense, comerciante pioneiro do agronegócio no Cerrado baiano e meu parceiro de ideais voltados para o desenvolvimento do oeste da Bahia, Romero Tavares Amorim. São mais de 40 anos de companheirismo e luta.
Diz Ricardo Pereira em seu texto que muito me honra:
“Somente um grande escritor poderia descrever em forma narrativa essa linda história da piscicultura no Estado do Tocantins. Antônio Oliveira é este homem.
Apesar de sua narrativa sobre a piscicultura tocantinense ter iniciado a partir de seu primeiro contato com esta atividade, em 2003, sua percepção é tão envolvente que remete a toda a história dessa atividade nesse grande estado, pois faz a devida menção aos principais atores que construíram com essa bela história, sejam eles produtores; grandes pioneiros e visionários; pesquisadores; profissionais da extensão rural e autoridades que tiveram ação definitiva e fundamental para que esta história fosse construída dessa forma e narrada aqui tão brilhantemente...”
Como o leitor pode notar nas palavras do Professor Ricardo, a o livro conta a história da evolução da piscicultura do Tocantins desde 2003 até os dias atuais, culminando numa grande vitória: a legalização do cultivo de tilápia no Tocantins. Culminou, também, e infelizmente, em grandes irresponsabilidades do atual Governo do Tocantins e do anterior a este – não o todo desses dois governos, mas de qualquer forma seus governadores tiveram, por bobeira e falta de visão de Política, de Estado e de respeito a quem contribui com eles para o desenvolvimento do Estado, endorsaram a trama. Uma história absurda que me causou não só grandes prejuízos de tempo e dinheiro, mas traumas psicológicos. Estou dando a volta por cima – “eles passarão, eu passarinho”, como disse o grande poeta Mário Quintana.
Observação: embora tenha o título na primeira pessoal, o livro cita os principais atores daqui e alhures. Não deixei de citar nem aqueles que me fizeram muito mal.
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“O homem Abílio Wolney – a verdade sobre sua história e seu caráter”, é uma obra em segunda edição e ampliada com informações históricas. Autografado pelo Juiz de Direito da Comarca de Goiânia, Dr. Abílio Wolney Aires Neto, o livro é considerado por muitos críticos, inclusive por colegas jornalistas da área de Cultura, “uma ousadia” minha, por desfazer, a princípio por meio de artigo de página inteira publicado no início dos anos 1990 pelo caderno de Cultura do jornal Diário da Manhã, de Goiânia – depois de rejeitado pelo editor deste e, da mesma forma, pelo seu colega do então muito rico caderno cultural do Jornal Opção, também de Goiânia, o grande escritor brasileiro, Bernardo Élis, que se elegeu, em seu tempo, Imortal da Academia Brasileira de Letras, após a repercussão de seu romance “O Tronco”, narrativa romanceada de uma das histórias mais marcantes de Goiás e Tocantins – este, na época, o esquecido norte goiano. Mas distorceu a história.
Um trecho do prefácio, escrito pelo neto do meu personagem central:
“... É trabalho de pesquisa, no coleio dos fatos protagonizados, com a qualidade de resumir numa só obra a saga do protagonista, onde hoje está Dianópolis, sudeste do Tocantins, de par com Barreiras, oeste da Bahia. E vem com o sabor de um documentário jornalístico, resultado de anos de vivência na Terra das Dianas, colhendo aqui e ali da tradição oral, lendo tudo a respeito e descerrando o pano de boca dos acontecimentos, biografando, atravessando o épico, a política, o poder, a tragédia, as quedas e ascensões até o sequestro e morte dos nove ou dez reféns.
Rico nas fontes e bibliografia, documenta tudo, faz remissão aos anais do Diário do Congresso Nacional de abril de 1919, passa pelos autos do processo goiano que apurou as responsabilidades do Juiz e comissionados e esclarece em caracteres de monografia, com o arrojo de Dissertação.
E denuncia... A comitiva policial que forma a coorte do Juiz Celso Calmon visava, ao final, promoções e vantagens escusas; o soldado era um elemento despreparado, que não compreendia a própria função a desempenhar; era um medroso feito homem, desde que armado, assim escondido atrás da espingarda sobraçada, da comblain a tiracolo, feito uma canga dependurada no pescoço, e que no final só lutaria para não morrer; eram todos subornáveis, corruptos, porquanto sabiam que os donos do poder, os políticos que estavam por trás de tudo, não se preocupavam com ordem nem justiça, senão com medidas capazes de assegurar seus votos, suas eleições. Abílio era uma oposição perigosa no nordeste goiano, com os arroubos de chefe local.
Por aí vai o jornalista Antônio Oliveira, pervagando essas estradas que deram um épico e que o vai consagrando como escritor...”
Em síntese, o livro narra o poderio da oligarquia dos Caiado de séculos passados e o massacre de familiares do Cel. Abílio Wolney, como consequência da barbárie de líderes políticos do “Goiás do Sul” contra um líder do “Goiás do Norte”. Uma história envolvente reportada por vários escritores brasileiros.
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Por fim, “A BORBOLETA QUE DESCOBRIU SEU VOAR” foi uma grata surpresa da pedagoga tocantinense Cáritas Gomes de Oliveira Almeida, minha filha. Muito didático, o livro saiu no ano passado. Ele conta uma história infantil que trata do poder transformador do acolhimento a pessoas com algum tipo de deficiência – no caso, uma borboleta. Assim, narrativa e ilustração, em um casamento perfeito, conduzem o leitor pelos caminhos da leitura.
O livro é ilustrado pelos três filhos da autora e tem prefácio de Lúcia Moyses, de Niterói (RJ), autora graduada em Pedagogia. Diz ela sobre a autora desta obra: “Sua grande sensibilidade para a questão do acolhimento das pessoas que trazem algum tipo de transtorno ou deficiência, seja na família, nos espaços públicos ou institucionais, levou-a a criar e dirigir a Área de Inclusão e Acessibilidades, na Federação Espírita do Estado de Tocantins. Cáritas vem, há alguns anos, levando também para as crianças e jovens da evangelização esse olhar sensível, tão bem expresso neste livro.”
Novos livros tem seus originais prontos e serão lançados a partir de abril de forma gradativa, outros serão produzidos – escrever e viver são precisos.
É isto, espero que compre, leia e recomende. É um dos meus ganha-pão, né?

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