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ARCABOUÇO FISCAL – Tirso Meirelles diz que proposta ainda carece “de muito trabalho”

ARCABOUÇO FISCAL – Tirso Meirelles diz que proposta ainda carece “de muito trabalho”

Data de Publicação: 31 de março de 2023 16:42:00 Conforme ele, a expectativa para todo o ecossistema do agronegócio é que as novas regras fiscais possam conter a inflação e permitir a redução da taxa básica de juros #faesp #tirso meirelles #faesp #arcabouço fiscal #o agro e o arcabouço

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Redação

Embora com boa receptividade, o novo arcabouço fiscal do governo federal, apresentando nesta quinta-feira pelos ministros da Fazenda, Fernando Hadad, e do Planejamento, Simone Tebet,  o entendimento é de que ainda há muito trabalho a ser feito e que faltam detalhes na proposta apresentada. A opinião é de Tirso Meirelles, vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (FAESP). Conforme ele, a expectativa para todo o ecossistema do agronegócio é que as novas regras fiscais possam conter a inflação e permitir a redução da taxa básica de juros.

Para o vice-presidente da FAESP, a grande questão é se haverá necessidade de
um reforço nas receitas federais, o que poderia acarretar no aumento de impostos
para os produtores rurais (Foto: Ascom/Faesp)

 

- Sabemos que o arcabouço em si não é suficiente para inverter a curva de juros, pois é preciso que o Governo mostre austeridade e compromisso com o controle da trajetória da dívida pública. Na avaliação da FAESP, as diretrizes apresentadas têm pontos positivos, mas há também uma maior complacência com os desvios de curso, o que traz preocupações. O que precisamos agora é aperfeiçoar o que foi apresentado, o que poderá ser feito na tramitação do Congresso Nacional - disse Meirelles.

A maior preocupação do setor é se haverá ímpeto de elevação das receitas da união pelo Executivo, o que poderia acarretar a tentativa de aumento da carga tributária para os produtores rurais, por ocasião da discussão da reforma tributária no Congresso.

Ainda segundo Meirelles, a mudança na política monetária se faz necessária, já que o custo de não combater a inflação é grande e o compromisso do Governo com a trajetória da dívida pública deve criar um ambiente favorável ao início da redução da taxa de juros.

- A Taxa Selic se mantém em 13,75% desde agosto do ano passado. Taxas altas prejudicam muito a capacidade produtiva do país, pois aumentam o custo financeiro das empresas e as margens dos negócios. Isso impacta todos os setores da economia, incluindo o agronegócio - diz.

Apesar de haver taxas de juros controladas (subsidiadas) na política agrícola, os patamares elevados da Selic fizeram com que o custo financeiro do agro subisse consideravelmente nos últimos anos. As linhas de crédito oficial do Plano Safra, programa do governo federal para fomentar o agronegócio nacional, atende apenas 1/3 da necessidade de crédito dos produtores brasileiros. Os outros 2/3 são atendidos por linhas de crédito comercial e recursos próprios.

*Com informações da Ascom/FAESP.

 

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